terça-feira, 30 de novembro de 2010

de que mal padecia Camões?


Vestibular da Universidade de Santa Catarina cobrou dos candidatos a
interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:
'Amor é fogo que arde
sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.

Uma vestibulanda de 18 anos deu a sua interpretação :

'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo !'

A Vestibulanda ganhou nota DEZ: pela originalidade, pela
estruturação dos versos, das rimas insinuantes, e também foi a
primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou
que o problema de Camões era apenas falta de mulher...

Conversa entre duas mortas.



-   Morri congelada.
-   Ai que horror !!! Deve ter sido horrível ! Como é morrer congelada?
-   Bom, no começo é muito ruim: primeiro são os arrepios, depois as dores nos  dedos das mãos e dos pés, tudo congelando.

- Mas, depois veio um sono muito forte e eu perdi a consciência. 
- E você, como morreu ?
- Eu ?
- Morri de ataque cardíaco.
- Eu estava desconfiada que meu marido estava me traindo. Então, um dia cheguei  em casa mais cedo, corri até ao quarto e ele estava na cama, calmamente  assistindo televisão.

- Ainda desconfiada, corri até o porão para ver se encontrava alguma mulher  escondida, mas não encontrei ninguém.

- Depois, corri até o segundo andar, mas também não vi ninguém.
- Então, subi até o sótão e, ao subir as escadas, esbaforida, tive um ataque  cardíaco e caí morta.

- Puxa, que pena...
- Se você tivesse procurado no freezer, nós duas estaríamos vivas!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O VERDADEIRO F.D.P.


       

Fui a uma loja hoje de manhã e estive lá por uns 5 minutos. Quando eu sai,  vi um marronzinho (agente de transito em SP), todo prepotente (eles se sentem 'otoridade') preenchendo uma multa. Corri até ele e soltei o famoso:
- Peraí, amigão, não faz isso não, dá uma chance !!!
Ele me ignorou e continuou escrevendo a multa.
Então eu o chamei de babaca metido a polícia !!!
Ele me olhou e, sem dizer nada, deu uma olhada em um dos pneus do carro e começou a fazer outra multa.
Então eu falei: - Que merdinha de profissão a sua, hein ?
Ele começou a escrever uma terceira multa !!!
Foram mais uns 5 minutos ali fora, discutindo ou tentando discutir. E quanto mais eu xingava, mais multas ele preenchia. Depois que eu vi que aquilo não iria resolver.
Saí dali e fui pegar o meu carro no estacionamento, na outra quadra. Mas tudo bem, o importante mesmo é ter tentado ajudar o outro coitado que eu nem sei quem é!!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Pen Drive o que?


 
Haroldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à
      balconista:
- Moça, vocês tem pen drive?
- Temos, sim.
- O que é pen drive? Pode me esclarecer?  Meu filho me pediu para comprar um.
- Bom, pen drive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
- Ah, como um disquete...
- Não. No pen drive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes.
O disquete, que nem existe mais, só salvava texto.
- Ah, tá bom, vou querer.
- Quantos gigas?
- Hein?
- De quantos gigas o senhor quer o seu pen drive?
- O que é gigas?
- É o tamanho do pen.
- Ah, tá, eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso, sem fazer muito volume.
- Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
- Ah, tá. E quantos tamanhos tem?
- Dois, quatro, oito e até dez gigas.
- Hummmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
- Neste caso, o melhor é levar o maior.
- Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
- Bem, o de dez gigas é o mais caro.
- A sua entrada é USB?
- Como?
- É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada
      compatível.
- USB não é a potência do ar condicionado?
- Não, aquilo é BTU.
 - Ah é, isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
- USB é assim ó, com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do
      computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem
      que enfiar o pino no buraco redondo.
- Hmmmm..., enfiar o pino no buraquinho, né?
- Hehehe. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2.
- Acho que o meu tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete.
- Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
- Os de hoje nem tem mais entrada para disquete. Ou é CD ou pen drive.
- Que coisa! Bem, não sei o que fazer.  Acho melhor perguntar ao meu filho.
- Quem sabe o senhor liga para ele?
- Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que
      ainda não aprendi a discar.
- Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone, este é bom mesmo, tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga, teclado touchpad, câmera fotográfica, filmadora, radio AM/FM, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo direcional, microondas e conexão wireless.
- Microondas? Dá para cozinhar nele?
- Não senhor, assim o senhor me faz rir, é que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
- E Bluetooth?, estou emocionado. Não entendo como os celulares anteriores não possuíam Bluetooth.
- O senhor sabe para que serve?
- É claro que não.
- É para comunicar um celular com outro, sem fio.
- Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
- Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
- Ah, e antes precisava fio?
- Não, tinha que trocar o chip.
- Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip.
- Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
- Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
- Momentinho. Deixa eu ver. Sim, tem chip.
- E faço o quê, com o chip?
- Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
- Sei, sim, portabilidade, não é?, claro que sei. Não ia saber uma coisa
dessas, tão simples? Imagino, então que para ligar tudo isso, no meu
celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
- Nãão, é tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isto.

Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando.
 - Haroldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares, para um outro planeta:

- Oi filhão, é o papai. Sim. Me diz, filho, o seu pen drive é de quantos...
- Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom?
- Ótimo..
- E tem outra coisa, o que era mesmo? Isso, nossa conexão é USB? É? Que loucura.
- Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive. De noite eu levo
para casa.
- Que idade tem seu filho?
- Vai fazer dez em março.
- Que gracinha...
- É isto moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
- Certo, senhor. Quer para presente?
- Mais tarde, no escritório, examinou o pen drive, um minúsculo objeto,
      menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes? Onde iremos parar? Olha, com receio, para o celular sobre a mesa.
- Máquina infernal, pensa.
 - Tudo o que ele quer é um telefone, para discar e receber chamadas.
E tem, nas mãos, um equipamento sofisticado, tão complexo que ninguém que não seja especialista ou tenha mais de quarenta, saberá compreender.
- Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona.
- O garoto insere o aparelho e na tela abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet, em inglês. Seleciona umas palavras e um roque infernal invade o quarto e os ouvidos de Aroldo. - Um outro clique e, quando a música termina, o garoto diz:
- Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pen drive para qualquer
      lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
- Teu celular tem entrada USB?
- É lógico. O teu também tem.
- É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive
e ouvir pelo celular?
- Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
- Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse:
- Sabe que eu tenho Bluetooth?
- Como é que é?
- Bluetooth. Não vai me dizer que não sabe o que é?
- Não enche, Haroldo, deixa eu dormir.
- Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone,
gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que
apertar um botão, para as coisas funcionarem?
- Claro que lembro, Haroldo. Hoje é bem melhor, né?
Várias coisas numa só, até Bluetooth você tem.
- E conexão USB também.
- Que ótimo, Haroldo, meus parabéns.
- Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido.
Fico doente de pensar em quanta coisa existe, por aí, que nunca vou usar.
 - Ué? Por que?
- Porque eu recém tinha aprendido a usar computador e celular e, tudo o que sei já está superado.
- Falar nisso temos que trocar nossa televisão.
- Ué? A nossa estragou?
- Não. Mas a nossa não tem HD, tecla SAP, slowmotion e reset.
- Tudo isso?
- Tudo. Boa noite, Haroldo, agora vai dormir e não me enche mais o saco.
- Quando estava quase pegando no sono, o filho entra no quarto e diz:
- Pai, me compra um Playstation vinte e sete?...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MARIDO RICO





Saiu no Financial Times (maior jornal sobre economia do mundo)

Uma moça escreveu um email para o jornal pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.


E-mail da MOÇA:

"Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos.

Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe
no mínimo meio milhão de dólares por ano.

Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste jornal,
ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?

Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso.
E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.

Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca!

E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.

Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta?

Como eu chego ao nível dela? (Raphaella S.)"

 
________________________________________

Resposta do editor do jornal:

"Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso
e fiz uma análise da situação.

Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano.
Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa...

Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece
é simplesmente um péssimo negócio.

Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas : Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.

Mas tem um problema.

Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar,
ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.

Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação
e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação,
mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!

Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos,
mas sempre um pouco menos a cada ano.
E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.

Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.

Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha),
que é para o quê você se oferece...

Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você
não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim!

Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.
Cogitar...Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada,
com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu,
na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina',
quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive'
antes de fechar o negócio...podemos marcar?"

(Philip Stephens, associate editor of the Financial Times - USA)"


OBS.: Não é a toa que o cara ganha mais de US$ 500.000 por ano !

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desonrando a família



Uma garota passada de burra ia sair pela primeira vez com um homem.
A mãe, apreensiva, deu algumas instruções:
- Olha minha filha, ele vai te convidar para sair, você vai. Ele vai te convidar para jantar, você vai. Ele vai te convidar para conhecer o apartamento dele, você vai. Ele vai te oferecer uma bebida, você aceita. Ele vai te convidar para ir pro quarto, você vai. Ele vai te dizer para tirar a roupa, você tira. Ele vai te pedir para deitar na cama, você deita... Mas, na hora em que ele for subir em cima de você para desonrar a sua família, você não deixa. Viu, minha filha?

Tudo avisado, a garota saiu. Quando chegou, foi contar para a mãe o   ocorrido:

- Tudo o que a senhora falou era verdade, mãe! Ele fez tudinho! Só que na hora que ele foi subir em cima de mim pra desonrar minha família...

- Você saiu da cama, né, filha? - perguntou a mãe, apreensiva.
- Fiz melhor, subi em cima dele e desonrei a família dele!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Galo de Bagé


Um velho estancieiro de Bagé vai ao cinema e o porteiro
pergunta:

- O que é isso no seu ombro?

- É meu galo de estimação, raça legorn, comprei na exposição de Esteio,tchê.
 
- Lamento, senhor, mas não permitimos animais no cinema.

O índio velho aparentemente concorda. Vai ao toalete e enfia o bicho na bombacha. Volta, compra o ingresso, entra e senta-se ao lado de duas idosas.
 
Quando o filme começa, o gaudério abre a bragueta para o galo véio respirar e o bico bota o pescoço pra fora, todo feliz.
 
Uma das idosas cochicha para a outra:

- Acho que o velho ao meu lado é um, um tarado.

- Por quê? - indagou a outra.

- É que o cara botou o negócio pra fora!

- Ah, não te preocupa, na nossa idade nós já vimos de tudo.

- Eu também pensava a mesma coisa, mas o negócio dele tá comendo a minha pipoca!